29 de out. de 2012


Incontinência Urinária e a Fisioterapia



A incontinência Urinária (IU) é caracterizada como perda involuntária de urina, e pode acometer tanto em mulheres quanto em homens. Necessidade de ir ao banheiro imediatamente, perda de urina durante o sono ou depois de algum esforço como tossir ou pegar algum objeto pesado e não perceber que a bexiga está cheia são situações mais comuns do que se imagina, experimentadas por 15% a 30% das pessoas acima de 60 anos.





A incontinência urinária classifica-se em vários tipos, sendo que os tipos mais comuns são a de esforço e de urgência. A primeira pode ser desencadeada por uma atividade física ou um esforço como saltar, tossir, rir e levantar pesos. A segunda ocorre por um desejo de urinar sem controle.


Ocorrem com grande frequência, especialmente entre as mulheres pelas diferenças anatômicas do sexo feminino, alterações hormonais e aos traumas relacionados às gestações e partos que favorecem o deslocamento e enfraquecimento dos músculos do assoalho pélvico, responsáveis pela perda involuntária de urina.




Os músculos do assoalho pélvico são um grupo de músculos de controle voluntário, em forma de rede que se localizam na porção inferior do quadril, especificamente entre as coxas e tem a função de sustentar os órgãos internos. Estes músculos desenvolvem um papel importante no correto funcionamento da uretra e reto agindo como válvulas de fechamento e circundam também a vagina. Quando ocorre algum problema relacionado à função da bexiga ou do reto (através de vazamentos involuntários) os músculos do assoalho pélvico tornam-se o foco das atenções. As perdas de urina são explicadas por que em muitos casos estes músculos estão fracos, foram lesados, estão frouxos ou em hiperatividade.

A fisioterapia tem sido indicada como uma possibilidade terapêutica, com o objetivo de reforçar a musculatura do assoalho pélvico, melhorando os sintomas da perda da urina. O melhor tratamento da incontinência urinária nas mulheres é a prevenção e esta deve se iniciar o quanto antes. Um treinamento muscular através de exercícios irá manter um bom tônus muscular da pelve e ajudará evitar a incontinência urinária.

Podemos dizer que existem três ações da musculatura pélvica que podem ser facilmente percebidas pela mulher: o controle para o fluxo urinário, controle para o fluxo anal e constrição da vagina. Seguindo os três testes propostos, a mulher pode, de maneira prática e em com auxilio de um fisioterapeuta, identificar sua musculatura e iniciar os treinos de contração. Os exercícios devem ser constantes, sabendo que qualquer musculatura do corpo ao permanecer parada, enfraquece com muita rapidez.

Outra forma de trabalho de prevenção e tratamento da musculatura pélvica é o Pilates. Os praticantes do método pilates têm a chance de durante as sessões trabalhar mais as regiões do abdômen e pélvica, especialmente o períneo (área entre o ânus e a uretra).
Pode-se ter excelentes resultados quando se utilizam exercícios específicos para a musculatura do assoalho pélvico, adquirindo maior controle da urina. Essa musculatura tem um grande enfoque dentro do pilates, junto com a musculatura profunda do abdômen e o diafragma, formando nosso centro de força e estabilidade.

A fisioterapia ginecológica dispõe de técnicas, cuja eficácia dos resultados vem sendo comprovada há mais de meio século, em dezenas de estudos. O fisioterapeuta é capaz de reabilitar, além de promover a saúde e melhoria na qualidade de vida. A prevenção é a melhor solução para combater a incontinência urinária.


Texto: Betânia Koslowski
Revisão e edição: Leonardo Leal, Manoela Heinrichs 

FONTE:

ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA NA INCONTINÊNCIA URINÁRIA NA MULHER. Ft. Roberta Botelho Campos.

Pilates pode ajudar a tratar incontinência urinária. Revista Pilates. 2008.

Proposta de atividades físicas para mulheres com incontinência urinária de esforço. Aletha S. Caetano e Maria Consolação Tavares.

19 de out. de 2012


Celulite, o que é?    

      A celulite é causada principalmente pela gordura armazenada abaixo da superfície da pele que, pressiona contra cordas fibrosas que ligam os músculos à pele, o que faz com que a pele pareça irregular ou desigual. Ela surge devido a um mau funcionamento das células de gordura (adipócitos) que retêm um maior teor de lipídios, e que estimulam a retenção de líquidos, levando assim ao aumento de volume da célula de gordura, gerando compressão dos vasos e comprometendo a circulação sanguínea.

     Áreas da pele com covinhas ou uma aparência de casca de laranja pode atormentar os braços, coxas, quadris, nádegas e abdómen de homens e mulheres. 
      A celulite está dividida em três graus, dependendo da profundidade e até da consistência da pele (mais firme ou mais flácida). No nível 1, a celulite aparece quando a pele é pressionada, enquanto no 2 nenhum estímulo é necessário para notar o problema. Já o grau 3, além de apresentar furinhos profundos, largos e em grande quantidade, pode provocar sensação de dor.
     Atualmente grande parte do público feminino tem recorrido a métodos e técnicas da área da Fisioterapia Dermato-Funcional. Isto motivou uma grande revolução na indústria de cosméticos e aparelhos desta área da fisioterapia, assim como na pesquisa e introdução de novos conceitos que, quando eleitos e aplicados corretamente, proporcionam resultados que atendem aos anseios dos pacientes e profissionais. É o caso do Heccus, um aparelho que tem chamado muita atenção, pois é uma técnica não-invasiva, sem efeitos colaterais indesejáveis, e que já provou seus ótimos resultados. Dentre os resultados pode-se ressaltar a ativação do sistema linfático (melhor drenagem linfática), a melhora da flacidez e da textura da pele, a melhora da definição da musculatura, a melhora da celulite e a redução gordura localizada, consequentemente, a redução de medidas. Ao ser deslizado pela pele, o aparelho envia estímulos elétricos tripolares, ação responsável por ativar o sistema linfático, aumentar o metabolismo local, promovendo a quebra das células de gordura o que, junto com a drenagem linfática, facilita sua eliminação.

         Só é possível reduzir por completo a celulite, diminuindo a percentagem de gordura total do seu corpo. Fazer ajustes saudáveis aos seus hábitos alimentares pode ajudar a perder gordura e banir a celulite do seu corpo. Inclua exercícios no seu programa de perda de gordura para complementar seu tratamento. A prática de uma atividade aeróbica, como a corrida, a caminhada contribui para a eliminação das celulites aliada a outros tratamentos e a hábitos saudáveis, ajuda na circulação sanguínea e na oxigenação, o que contribui para a prevenção e na diminuição deste mal.


        Outras atividades de fortalecimento muscular como musculação, Pilates e treinamentos funcionais podem ajudar a fortalecer e aumentar a massa muscular e queimar gordura para dar ao corpo uma aparência mais tonificada, e sem o aspecto de pele irregular.  A combinação de drenagem linfática e Pilates podem trazer ótimos benefícios contra a celulite. Ambas as práticas colaboram contra aquela aparência desigual nas regiões de gordura, porém o resultado é mais intenso quando se trabalha primeiro com a circulação. Após a drenagem, a contração muscular proporcionada pelo Pilates ativa a circulação sanguínea e potencializa a eliminação dos líquidos pela urina.

       Procurando adotar algumas atitudes mais saudáveis, tanto na alimentação como no estilo de vida, conseguimos melhorar a aparência da celulite e até mesmo evitar que ela apareça.

Procure um fisioterapeuta e informe-se!
A Vie Clínica de Fisioterapia está com ótimas condições para a realização do Heccus.

Criação: Betânia B.
Revisão: Manoela Heinrichs


8 de out. de 2012

Artrogripose Múltipla Congênita



            Trata-se de uma doença musculoesquelética que acomete membros superiores e inferiores e tem por natureza gerar deformidades articulares, principalmente nos pés e tornozelos. A artrogripose é uma doença rara que ocorre em 1 a cada 3000 nascidos. Porém, estes sintomas podem confundir-se com outras anomalias musculo esqueléticas como, por exemplo: pé torto congênito e luxação do quadril. Não se sabe exatamente a etiologia da doença, mas a ocorrência está relacionada à limitação dos movimentos do feto. Qualquer fator que restrinja os movimentos do feto levam a contraturas osteomusculares importantes. Com isso, pode-se dizer que as deformidades ósseas não estão relacionadas a malformações próprias do período embrionário. 




            Fatores relacionados à diminuição do movimento fetal:
1-     Falha na formação, maturação ou na função das estruturas periféricas nervosas ou centrais (nervo/córtex).
2-     Anormalidades da estrutura ou da função muscular.
3-     Anormalidade de tecidos conjuntivos, devido a um desenvolvimento anormal de tendões, ligamentos, ossos e articulações.
4-     Comprometimento vascular intrauterino. Esta dificuldade de irrigação pode levar a contraturas importantes no espaço uterino.

Na artrogripose clássica, não há comprometimento da capacidade cognitiva. O que normalmente se observa é a redução da massa muscular e contraturas articulares múltiplas. As crianças acometidas, embora apresentem um grave comprometimento musculoesquelético, manifestam um desempenho funcional satisfatório. A fisioterapia, o uso de órteses e intervenções cirúrgicas favorecem e permitem um melhor desempenho nas fases de crescimento e vida adulta.

 
Tratamento:
O tratamento baseia-se no ganho de mobilidade articular, visando à correção das deformidades. A fisioterapia deve ser realizada precocemente. Quando há indicação cirúrgica para uma deformidade, a precocidade do processo interfere nas fases de reabilitação. Após a correção de uma deformidade (método cirúrgico ou gesso) deve-se iniciar uma breve mobilização, tendo em vista o ganho de mobilidade articular. Indicação do uso de órteses corretivas para estes pacientes são bem vindas. Uma característica da artrogripose é a sua grande capacidade recidiva, mesmo após processo cirúrgico, muitas das vezes tornando as deformidades piores do que as manifestações iniciais. Por isso o enfoque na precocidade e orientações durante a fase de tratamento.


Texto: Gregório Nunes Weinmann
Revisão e Edição: Leonardo Fratti Neves

2 de out. de 2012

Reabilitação Funcional


          Atualmente, a reabilitação por meio dos exercícios funcionais é o que há de mais preciso no processo de melhora e evolução de um paciente. Tem como princípio preparar o organismo de maneira íntegra, segura e eficiente por intermédio do treinamento com exercícios específicos que permitem que o corpo humano seja estimulado de um modo que melhore todas as qualidades do sistema musculoesquelético. As melhoras são vistas na força, velocidade, equilíbrio, coordenação, flexibilidade, agilidade, resistência cardiorrespiratória e neuromuscular e também motivação.

          Vários dos objetivos desse método de exercício representam uma volta à utilização dos padrões fundamentais do movimento humano (como empurrar, puxar, agachar, girar, lançar, pular, dentre outros) envolvendo a integração do corpo todo para gerar um movimento específico em diferentes planos de movimento. Os exercícios praticados com o objetivo de prevenção de lesões, ou reabilitação levam a melhora de habilidades cuja execução procura atender à função e ao fim prático, ou seja, tenham propósitos específicos, simulando movimentos que são utilizados no dia a dia do praticante.



          Na reabilitação, os exercícios funcionais são muito utilizados principalmente em lesões de joelho, ombro, e quadril, onde o grau de movimento é amplo, e a funcionalidade é precisa. Chutar uma bola, sentar e levantar da cadeira, equilibrar-se em uma base instável, pegar algo no alto e levar á outro, são exemplos de exercícios do dia a dia que buscarão desenvolver o equilíbrio, propriocepção, resistência muscular e força, para que o tempo de reabilitação seja menor e mais eficiente, preparando o indivíduo para enfrentar os desafios pós lesão.



           Os exercícios podem ser realizados com o peso do próprio corpo, cabos, elásticos, pesos, bases instáveis, over balls, bolas suíças, entre outros, para trazer benefícios mais significativos à capacidade funcional do corpo. São exercícios bastante motivacionais e desafiadores, onde o indivíduo acompanhado de um fisioterapeuta tem a possibilidade de alcançar a funcionalidade corporal natural de seu organismo. Um bom treinamento funcional é indispensável para uma completa reabilitação do paciente.

Texto: Betânia Koslowski
Edição e revisão: Leonardo Leal; Manoela Heinrichs 

FONTE:
- TREINAMENTO FUNCIONAL E CORE TRAINING: UMA REVISÃO DE LITERATURA. Fernanda Rafaela Prandi. UFSC, Julho, 2011.
- TREINAMENTO FUNCIONAL - Uma abordagem prática. Artur Monteiro e Alexandre Evangelista. Phorte Editora. Fevereiro, 2012.