22 de out. de 2013

Gonartrose

É uma enfermidade de caráter crônico-degenerativo, que evidencia alteração na cartilagem articular e do osso do joelho, ocasionando a formação de osteófitos (“esporão ósseo”) e diminuição do espaço intra-articular. Em sua maioria são assintomáticos, e quando sintomáticos podem apresentar o seguinte: dor articular de duração e intensidade variáveis de acordo com o estado da doença; rigidez matinal de curta duração; crepitação óssea (sensação de aderência na articulação); disfunção física; edema; frouxidão dos ligamentos; diminuição ou perda do movimento; fraqueza muscular; incapacidade para marcha (dificuldade para caminhar); espasmo; fibrose; e alteração de equilíbrio.














Fatores etiológicos (causas):
Idade – com o envelhecimento o teor de água diminui na cartilagem articular (aproximadamente 60% a 85% do peso da cartilagem articular é constituída pela água), aumentando a rigidez e a deformação da cartilagem. Sendo assim a artrose, ocorrecom maior frequência após os 60 anos;
Sexo – é predominante no sexo feminino, para isto há dias explicações: 1- osteoporose pós-menopáusica, que pode favorecer ao desgaste ósseo; 2 - nível de atividade física durante a vida. As mulheres geralmente têm uma musculatura menos desenvolvida que os homens;
Morfotipo – Joelho em varo têm tendência em apresentar artrose femorotibial interna (70%), enquanto no joelho valgo, tende a sofre artrose femorotibial externa (30%);




Biotipo – o sobrepeso é um fator importante no desenvolvimento da artrose, devido a maior sobrecarga articular.
Fisioterapia e a saúde dos joelhos
A fisioterapia tem como papel a manutenção e ou busca da funcionalidade do idoso para a sua independência.
Flexibilidade – fator indispensável para uma boa e suficiente amplitude de movimento, que é essencial no desempenho das atividades de vida diária;
Condicionamento muscular – quando se tem uma massa muscular desenvolvida, consequentemente ocorre à diminuição da sobrecarga articular;
Manter o peso corporal saudável.


 

Referências:
BARDUZZI, Glauber de Oliveira; JÚNIOR, Paulo Roberto Rocha; NETO, José Carlos de Souza; AVEIRO, Mariana Chaves. Capacidade funcional de idosos com osteoartrite submetidos a fisioterapia aquática e terrestre. Fisioterapia em movimento, Jun 2013, vol.26, no.2, p.349-360.
BRODY, Lori Thein; HALL, Carrie M. Exercício terapêutico na busca da função. 3ª edição, Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012.
HEBERT, Sizínioet al. Ortopedia e traumatologia, princípios e práticas. 3ª edição, Porto Alegre: Artmed, 2003.
NEUMANN, Donald A. Cinésiologia do aparelho musculoesquelético, fundamentos para a reabilitação. 2ª edição, Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.

Texto: Bruno Jaques

Edição e Revisão: Leonardo Fratti Neves

10 de out. de 2013

Síndrome do Ressalto do Quadril

    A articulação do quadril (articulação gleno-umeral) tem importância fundamental na movimentação dos membros inferiores, permitindo movimentos em todos os sentidos (dobrar, esticar, rodar, etc).


       A síndrome do ressalto no quadril é caracterizada por um estalo sonoro que ocorre dentro ou ao redor do quadril, que pode ser doloroso ou não. A ocorrência desta síndrome é de 5-10% na população em geral, e ela pode ser maior e os sintomas mais limitantes em mulheres na faixa etária de 15 a 40 anos, em dançarinos, jogadores de futebol, levantadores de peso e corredores. A sensação é de que algo se move bruscamente nesta articulação durante o movimento de flexão ou extensão, sendo que estes sintomas podem durar dias, semanas, meses ou anos; e suas causas podem ser externas ou internas.

   O trato iliotibial, localizado na região lateral do quadril e coxa, é uma longa banda tendínea que se origina na crista ilíaca (osso da pelve) e se insere na parte lateral da tíbia (osso da perna), funcionando como um flexor e rotador medial da perna. A causa externa mais frequente é o ressalto provocado pela passagem do tendão do trato iliotibial sobre o trocânter maior (proeminência óssea do fêmur). Outra causa externa seria o atrito do músculo glúteo máximo sobre a mesma proeminência óssea. Nestas duas causas externas, ocorre um espessamento das fibras musculares que fazem pressão sobre o trocânter, gerando o ressalto.

      A causa interna mais frequente é o ressalto do tendão do músculo iliopsoas sobre a uma região óssea chamada eminência iliopectínea. Durante o estirão do crescimento há uma tendência em que os flexores do quadril se tornem relativamente inflexíveis (mais tensos), o que propicia o aparecimento do ressalto. Outras causas internas são as lesões do lábio acetabular (fibrocartilagem que apoia a cabeça do fêmur) e os corpos livres intra-articulares (fragmentos de cartilagem ou osso livres na articulação).

      A análise da marcha e um exame minucioso do quadril são importantes no diagnóstico, assim como a realização de exames complementares (raio X, ultra-som, ressonância magnética).  A reprodução do ressalto acontece nos movimentos passivos de rotação interna e externa do quadril associados à flexão e extensão do mesmo.

     O tratamento abrange medicamentos (analgésicos e anti-inflamatórios, que devem ser prescritos pelo médico) e fisioterapia. O tratamento cirúrgico está indicado na falha do tratamento conservador e na persistência dos sintomas.

     As sessões de fisioterapia consistirão em exercícios de alongamento do trato iliotibial (ressalto externo) e iliopsoas (ressalto interno), liberação miofascial, ultrassom, calor e gelo, dígito-pressão, reforço muscular e reeducação neuromuscular.



Texto: Jéssica Rech
Edição e Correção: Leonardo Fratti Neves

Referências:
BYRD, J. W. Thomas; GUANCHE, Carlos A. O quadril. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.
HERBERT, Sizínio. Ortopedia e traumatologia: princípios e prática. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009.
LEWIS, Cara L. Extra-articular Snapping Hip: A Literature Review. Sports Health, v. 2, n. 3, p. 186-190, 2010.