A articulação
do quadril (articulação gleno-umeral) tem importância fundamental na
movimentação dos membros inferiores, permitindo movimentos em todos os sentidos
(dobrar, esticar, rodar, etc).
A síndrome do ressalto no
quadril é caracterizada por um estalo sonoro que ocorre dentro ou ao redor do
quadril, que pode ser doloroso ou não. A ocorrência desta síndrome é de 5-10%
na população em geral, e ela pode ser maior e os sintomas mais limitantes em
mulheres na faixa etária de 15 a 40 anos, em dançarinos, jogadores de futebol,
levantadores de peso e corredores. A sensação é de que algo se move bruscamente
nesta articulação durante o movimento de flexão ou extensão, sendo que estes
sintomas podem durar dias, semanas, meses ou anos; e suas causas podem ser
externas ou internas.
O
trato iliotibial, localizado na região lateral do quadril e coxa, é uma longa
banda tendínea que se origina na crista ilíaca (osso da pelve) e se insere na
parte lateral da tíbia (osso da perna), funcionando como um flexor e rotador
medial da perna. A causa externa mais frequente é o ressalto provocado pela
passagem do tendão do trato iliotibial sobre o trocânter maior (proeminência
óssea do fêmur). Outra causa externa seria o atrito do músculo glúteo máximo
sobre a mesma proeminência óssea. Nestas duas causas externas, ocorre um
espessamento das fibras musculares que fazem pressão sobre o trocânter, gerando
o ressalto.
A
causa interna mais frequente é o ressalto do tendão do músculo iliopsoas sobre
a uma região óssea chamada eminência iliopectínea. Durante o estirão do
crescimento há uma tendência em que os flexores do quadril se tornem
relativamente inflexíveis (mais tensos), o que propicia o aparecimento do
ressalto. Outras causas internas são as lesões do lábio acetabular (fibrocartilagem
que apoia a cabeça do fêmur) e os corpos livres intra-articulares (fragmentos
de cartilagem ou osso livres na articulação).
A análise da marcha e um exame
minucioso do quadril são importantes no diagnóstico, assim como a realização de
exames complementares (raio X, ultra-som, ressonância magnética). A reprodução do ressalto acontece nos
movimentos passivos de rotação interna e externa do quadril associados à flexão
e extensão do mesmo.
O tratamento abrange medicamentos (analgésicos e anti-inflamatórios,
que devem ser prescritos pelo médico) e fisioterapia. O tratamento cirúrgico
está indicado na falha do tratamento conservador e na persistência dos
sintomas.
As sessões de fisioterapia consistirão em exercícios
de alongamento do trato iliotibial (ressalto externo) e iliopsoas (ressalto
interno), liberação miofascial, ultrassom, calor e gelo, dígito-pressão,
reforço muscular e reeducação neuromuscular.
Texto: Jéssica Rech
Edição e Correção: Leonardo Fratti Neves
Referências:
BYRD, J. W. Thomas; GUANCHE, Carlos A. O quadril. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2011.
HERBERT, Sizínio. Ortopedia e traumatologia: princípios
e prática. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009.
LEWIS, Cara L. Extra-articular
Snapping Hip: A Literature Review. Sports
Health, v. 2, n. 3, p. 186-190, 2010.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirarticulação do quadril GLENO UMERAL? opa...!
ResponderExcluirMelhores forma para alongar quais são !?
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