O termo cefaleia tensional esta relacionado a todo e qualquer desconforto presente ao segmento cefálico, ou seja, região facial, craniana ou pericraniana. As mulheres são as mais afetadas, tanto em termos numéricos quanto da intensidade dos episódios dolorosos. Em geral, as cefaleias do tipo enxaqueca são responsáveis por 25% das consultas de pacientes com essa queixa.
Está associada à contração continuada dos músculos esqueléticos (tensão muscular), vinculado ao estresse acumulado no dia-dia, sem que existam mudanças estruturais permanentes. Isso ocorre porque os principais músculos cervicais, responsáveis pela sustentação da coluna cervical, originam-se na linha occipital do encéfalo e inserem-se na coluna cervical. Quando os mesmos entram em estresse, a dor referida confunde-se com a dor de cabeça comum, a enxaqueca e outros desconfortos na região cefálica.
Em estágios de muita tensão nos músculos cervicais ocorre, com o passar do tempo e sem procura de tratamento especifico, a diminuição dos espaços vertebrais cervicais, ocasionando compressão dos discos intervertebrais, podendo comprimir raízes nervosas, e em estágios mais elevados, evoluir para uma hérnia discal na região cervical. Outros sintomas clássicos de cefaleia tensional são: tensão ou desconforto na mandíbula, musculatura das costas, principalmente trapézio e rombóides, dificuldade para dormir, cansaço, redução de apetite e dificuldade em concentrar-se.
O tratamento fisioterapêutico é baseado em manuseios da região para relaxar a musculatura, usando técnicas de massoterapia, pompage e tração cervical. Conciliar este tratamento com exercícios cinesioterapêuticos para reeducação postural, como por exemplo o Pilates, é importante para a manutenção do tratamento.
Texto: Gregório Nunes Weinnmann
Revisão e Edição: Leonardo Fratti Neves
23 de set. de 2011
15 de set. de 2011
Epicondilite
A epicondilite é uma inflamação crônica na região dos epicôndilos, que situa-se próxima ao cotovelo. Pode afetar desportistas ou indivíduos que realizam atividades repetitivas com o braço. Esta lesão pode afetar quem exerce funções como digitação, movimentos finos com o punho e cotovelo, entre outras diversas situações. Neste caso, o mecanismo de lesão é a repetição de movimento, que a longo prazo acarreta dano ao tendão dos músculos envolvidos.
As lesões decorrentes de atividade desportiva podem ocorrer pelos seguintes mecanismos:
Epicondilite medial (cotovelo de golfista): ocorre, geralmente, como resultado do microtrauma repetitivo no músculo pronador redondo e no músculo flexor radial do carpo, durante a pronação e a flexão do punho. Em geral, o paciente queixa-se de dor na região medial do cotovelo, que é exacerbada durante o arremesso da bola de beisebol, durante o saque ou o golpe de direita nos esportes de raquete, durante a puxada na braçada para trás na natação ou durante a batida na bola de golfe, caso em que o braço suspenso é o afetado.
Epicondilite lateral (cotovelo de tenista): ocorre por microtrauma repetitivo, que resulta na sobrecarga concêntrica ou excêntrica dos extensores e supinadores do punho, mais comumente, o extensor radial curto do carpo. A dor está presente ao longo da região lateral do cotovelo, particularmente na origem do extensor radial curto do carpo. A dor aumenta na flexão passiva do punho com o cotovelo estendido e na flexão dorsal resistida do punho.
A fisioterapia é essencial na reabilitação das epicondilites, tendo como objetivo diminuir a dor, a inflamação, melhorar a amplitude de movimento e restabelecer a força dos músculos envolvidos.
Texto: Daniel Wentz Agostini
Revisão e edição: Leonardo da Rosa Leal e Leonardo Fratti Neves
As lesões decorrentes de atividade desportiva podem ocorrer pelos seguintes mecanismos:
Epicondilite medial (cotovelo de golfista): ocorre, geralmente, como resultado do microtrauma repetitivo no músculo pronador redondo e no músculo flexor radial do carpo, durante a pronação e a flexão do punho. Em geral, o paciente queixa-se de dor na região medial do cotovelo, que é exacerbada durante o arremesso da bola de beisebol, durante o saque ou o golpe de direita nos esportes de raquete, durante a puxada na braçada para trás na natação ou durante a batida na bola de golfe, caso em que o braço suspenso é o afetado.
Epicondilite lateral (cotovelo de tenista): ocorre por microtrauma repetitivo, que resulta na sobrecarga concêntrica ou excêntrica dos extensores e supinadores do punho, mais comumente, o extensor radial curto do carpo. A dor está presente ao longo da região lateral do cotovelo, particularmente na origem do extensor radial curto do carpo. A dor aumenta na flexão passiva do punho com o cotovelo estendido e na flexão dorsal resistida do punho.
A fisioterapia é essencial na reabilitação das epicondilites, tendo como objetivo diminuir a dor, a inflamação, melhorar a amplitude de movimento e restabelecer a força dos músculos envolvidos.
Texto: Daniel Wentz Agostini
Revisão e edição: Leonardo da Rosa Leal e Leonardo Fratti Neves
8 de set. de 2011
Escoliose
Escoliose é uma deformidade tridimensional da coluna vertebral. Trata-se de um acometimento que, se não tratado precocemente, pode acarretar sérios problemas envolvendo as estruturas que compõe e suportam nosso tronco.
Esta alteração pode acontecer em diferentes segmentos da coluna vertebral. A curvatura pode ser em “C” ou em “S”, e o lado da inclinação pode variar, assim como a região, variando da coluna lombar à cervical.
Existem dois tipos de escoliose, são elas: estruturada e funcional. A escoliose estruturada envolve uma inclinação lateral fixada associada de rotação vertebral irreversível. A escoliose funcional possui inclinação, porém sem rotação vertebral, o que a torna totalmente reversível na maioria dos casos.
Existem alguns testes que o fisioterapeuta pode utilizar para o diagnóstico funcional da escoliose, sendo o mais fidedigno o teste de gibosidade. O raio X da coluna vertebral é importante para complementar as informações referentes ao diagnóstico, e para que seja possível determinar o ângulo exato da curvatura.
A escoliose estruturada é causada por distúrbios neuromusculares (paralisia cerebral, lesão medular, doenças neurológicas ou musculares progressivas), fraturas, malformações e distúrbios idiopáticos (de origem desconhecida). A escoliose funcional é causada por características anatômicas ou funcionais, como por exemplo: diferença no comprimento das pernas, ocasionando assimetria no quadril e posturas habituais ou assimétricas relacionadas ao dia-dia. Vale salientar que uma escoliose funcional não tratada adequadamente pode evoluir para uma escoliose estruturada e irreversível.
Dependendo do grau de inclinação lateral, algumas estruturas podem ser comprimidas como, por exemplo, as raízes nervosas entre as vértebras. Também pode haver compressões discais que muitas vezes acarretam em um processo degenerativo do disco intervertebral.
O tratamento consiste no fortalecimento muscular para ganho de resistência, permitindo que haja maior sustentação da coluna no dia-dia, reeducação postural e alongamento dos músculos envolvidos na lesão objetivando o ganho de amplitude de movimento (ADM). Resultados notáveis serão analisados em indivíduos que possuem escoliose funcional. Para a escoliose estruturada, o tratamento servirá para sustentar e preservar a curvatura existente, impedindo o aumento dos graus de inclinação. Em casos mais graves (de graus de inclinação muito acentuados), pode haver necessidade de cirurgia com fixação das vértebras para correção. Em casos específicos, é recomendado o uso de órteses, que são aparatos como coletes para a manutenção e correção da postura.
Texto: Gregório N. Weinnmann
Revisão e Edição: Manoela Heinrichs, Leonardo Fratti Neves e Leonardo da Rosa Leal
Esta alteração pode acontecer em diferentes segmentos da coluna vertebral. A curvatura pode ser em “C” ou em “S”, e o lado da inclinação pode variar, assim como a região, variando da coluna lombar à cervical.
Existem dois tipos de escoliose, são elas: estruturada e funcional. A escoliose estruturada envolve uma inclinação lateral fixada associada de rotação vertebral irreversível. A escoliose funcional possui inclinação, porém sem rotação vertebral, o que a torna totalmente reversível na maioria dos casos.
Existem alguns testes que o fisioterapeuta pode utilizar para o diagnóstico funcional da escoliose, sendo o mais fidedigno o teste de gibosidade. O raio X da coluna vertebral é importante para complementar as informações referentes ao diagnóstico, e para que seja possível determinar o ângulo exato da curvatura.
A escoliose estruturada é causada por distúrbios neuromusculares (paralisia cerebral, lesão medular, doenças neurológicas ou musculares progressivas), fraturas, malformações e distúrbios idiopáticos (de origem desconhecida). A escoliose funcional é causada por características anatômicas ou funcionais, como por exemplo: diferença no comprimento das pernas, ocasionando assimetria no quadril e posturas habituais ou assimétricas relacionadas ao dia-dia. Vale salientar que uma escoliose funcional não tratada adequadamente pode evoluir para uma escoliose estruturada e irreversível.
Dependendo do grau de inclinação lateral, algumas estruturas podem ser comprimidas como, por exemplo, as raízes nervosas entre as vértebras. Também pode haver compressões discais que muitas vezes acarretam em um processo degenerativo do disco intervertebral.
O tratamento consiste no fortalecimento muscular para ganho de resistência, permitindo que haja maior sustentação da coluna no dia-dia, reeducação postural e alongamento dos músculos envolvidos na lesão objetivando o ganho de amplitude de movimento (ADM). Resultados notáveis serão analisados em indivíduos que possuem escoliose funcional. Para a escoliose estruturada, o tratamento servirá para sustentar e preservar a curvatura existente, impedindo o aumento dos graus de inclinação. Em casos mais graves (de graus de inclinação muito acentuados), pode haver necessidade de cirurgia com fixação das vértebras para correção. Em casos específicos, é recomendado o uso de órteses, que são aparatos como coletes para a manutenção e correção da postura.
Texto: Gregório N. Weinnmann
Revisão e Edição: Manoela Heinrichs, Leonardo Fratti Neves e Leonardo da Rosa Leal
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