O termo cefaleia tensional esta relacionado a todo e qualquer desconforto presente ao segmento cefálico, ou seja, região facial, craniana ou pericraniana. As mulheres são as mais afetadas, tanto em termos numéricos quanto da intensidade dos episódios dolorosos. Em geral, as cefaleias do tipo enxaqueca são responsáveis por 25% das consultas de pacientes com essa queixa.
Está associada à contração continuada dos músculos esqueléticos (tensão muscular), vinculado ao estresse acumulado no dia-dia, sem que existam mudanças estruturais permanentes. Isso ocorre porque os principais músculos cervicais, responsáveis pela sustentação da coluna cervical, originam-se na linha occipital do encéfalo e inserem-se na coluna cervical. Quando os mesmos entram em estresse, a dor referida confunde-se com a dor de cabeça comum, a enxaqueca e outros desconfortos na região cefálica.
Em estágios de muita tensão nos músculos cervicais ocorre, com o passar do tempo e sem procura de tratamento especifico, a diminuição dos espaços vertebrais cervicais, ocasionando compressão dos discos intervertebrais, podendo comprimir raízes nervosas, e em estágios mais elevados, evoluir para uma hérnia discal na região cervical. Outros sintomas clássicos de cefaleia tensional são: tensão ou desconforto na mandíbula, musculatura das costas, principalmente trapézio e rombóides, dificuldade para dormir, cansaço, redução de apetite e dificuldade em concentrar-se.
O tratamento fisioterapêutico é baseado em manuseios da região para relaxar a musculatura, usando técnicas de massoterapia, pompage e tração cervical. Conciliar este tratamento com exercícios cinesioterapêuticos para reeducação postural, como por exemplo o Pilates, é importante para a manutenção do tratamento.
Texto: Gregório Nunes Weinnmann
Revisão e Edição: Leonardo Fratti Neves
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