As bursas são responsáveis por absorver e amortecer o impacto e lubrificar as faces articulares. São estruturas que imitam pequenos “balões” com água e são encontradas também em tendões musculares com o objetivo de lubrificar estas estruturas.
Bursite é o resultado de uma inflamação da bursa. As mais comuns são as da articulação do ombro e do quadril. No quadril a bursa situa-se entre o trocanter maior do fêmur e o glúteo máximo. As dores provocadas por este acometimento são facilmente confundidas com outras lesões devido a localização de várias estruturas que envolvem a articulação.
Devido a essa função de dissipar o impacto entre duas extremidades ósseas, ocorrem inflamações que podem ser acompanhadas de sangramento em casos mais graves. Estas são denominadas bursites hemorrágicas, e são a forma mais incapacitante. O mecanismo de lesão pode ser por esforço repetitivo ou impacto direto (trauma) na região.
A bursite trocantérica por esforço repetitivo é muito encontrada em corredoras do sexo feminino, que apresentam um ângulo Q aumentado, provocando uma aproximação dos côndilos mediais dos dois joelhos (joelho valgo). O ângulo Q é medido através de uma relação de duas linhas imaginarias que se cruzam na articulação do joelho, como mostra a figura a seguir.
Durante a reabilitação são realizados alguns protocolos essenciais para seu diagnóstico. A palpação produz dor sobre a área do quadril lateral e a do trocanter maior do fêmur. Durante a avaliação é observado se algumas questões posturais podem ter proporcionado esta lesão, desconsiderando a possibilidade de trauma. O tratamento consiste na diminuição da dor, e assim que este primeiro objetivo for alcançado, inicia-se o fortalecimento muscular resistido dos músculos envolvidos na articulação do quadril. Se necessário, algumas correções posturais podem ser aplicadas, para diminuir o ângulo Q.
Texto: Gregório N. Weinmann
Revisão e Edição: Manoela Heinrichs e Leonardo Fratti Neves
21 de out. de 2011
7 de out. de 2011
Entorse de Tornozelo
Entorses por inversão
É a lesão mais comum e quase sempre resulta em lesão dos ligamentos laterais do tornozelo, sendo o ligamento talofibular anterior o mais acometido entre os três (talofibular anterior, calcâneofibular e talofibular posterior).
A principal função do talofibular anterior é deter a subluxação do tálus para a frente. A lesão ocorre em situações de inversão, flexão plantar e rotação medial. Os ligamentos calcaneofibular e talofibular posterior também tendem a sofrer entorses por inversão à medida que a força aumenta. Como o ligamento talofibular posterior evita a subluxação posterior do tálus, suas lesões são graves, como acontece nos casos de luxação total.
Entorses por eversão
É menos comum do que a por inversão. Geralmente ocorre pela anatomia óssea e ligamentar.
O maléolo fibular estende-se mais para o sentido inferior do que o maléolo tibial, o que somado á força do ligamento deltóide, evita a eversão excessiva. As lesões por eversão podem ocorrer por fraturas por avulsão da tíbia antes da ruptura do ligamento deltóide. Apesar das entorses por eversão serem menos comuns, sua gravidade pode fazer com que a recuperação seja mais demorada.
As entorses são classificadas em Grau I, II e III.
Nas de grau I ocorre um certo estiramento ou ruptura das fibras ligamentares com pouca ou nenhuma instabilidade articular. O paciente tem dor branda, com pequeno edema.
Nas de grau II, há uma certa ruptura, bem como a separação das fibras ligamentares e existe instabilidade moderada da articulação. O paciente apresenta dor forte a moderada, edema e rigidez articular.
As de grau III envolvem a ruptura total do ligamento e se manifestam por uma instabilidade ampla da articulação. Uma forte dor pode estar presente inicialmente, seguida por pouca ou nenhuma dor, em virtude da ruptura total das fibras nervosas. A articulação tende a tornar-se muita rígida algumas horas depois da lesão. A instabilidade é acentuada e, portanto, frequentemente é necessário algum tipo de imobilização.
Os objetivos da Fisioterapia na fase inicial da lesão são diminuir o edema, a hemorragia, e a dor, além de proteger o ligamento já em recuperação. Os métodos utilizados incluem gelo, compressão, elevação, repouso e proteção (PRICE).
Após o período inflamatório da lesão e a diminuição do edema e da dor, inicia-se a segunda etapa do tratamento, em que preconiza-se o reforço muscular, manutenção de amplitude de movimento, treinamento do sistema proprioceptivo, exercícios pliométricos e finalmente retorno à função (principalmente no caso de atletas).
É importante realizar a reabilitação adequada em lesões ligamentares do tornozelo, para que não haja reincidência. Entorses repetidos podem gerar graves instabilidades articulares.
Texto: Daniel Wentz Agostini
Revisão e Edição: Leonardo Fratti Neves
É a lesão mais comum e quase sempre resulta em lesão dos ligamentos laterais do tornozelo, sendo o ligamento talofibular anterior o mais acometido entre os três (talofibular anterior, calcâneofibular e talofibular posterior).
A principal função do talofibular anterior é deter a subluxação do tálus para a frente. A lesão ocorre em situações de inversão, flexão plantar e rotação medial. Os ligamentos calcaneofibular e talofibular posterior também tendem a sofrer entorses por inversão à medida que a força aumenta. Como o ligamento talofibular posterior evita a subluxação posterior do tálus, suas lesões são graves, como acontece nos casos de luxação total.
Entorses por eversão
É menos comum do que a por inversão. Geralmente ocorre pela anatomia óssea e ligamentar.
O maléolo fibular estende-se mais para o sentido inferior do que o maléolo tibial, o que somado á força do ligamento deltóide, evita a eversão excessiva. As lesões por eversão podem ocorrer por fraturas por avulsão da tíbia antes da ruptura do ligamento deltóide. Apesar das entorses por eversão serem menos comuns, sua gravidade pode fazer com que a recuperação seja mais demorada.
As entorses são classificadas em Grau I, II e III.
Nas de grau I ocorre um certo estiramento ou ruptura das fibras ligamentares com pouca ou nenhuma instabilidade articular. O paciente tem dor branda, com pequeno edema.
Nas de grau II, há uma certa ruptura, bem como a separação das fibras ligamentares e existe instabilidade moderada da articulação. O paciente apresenta dor forte a moderada, edema e rigidez articular.
As de grau III envolvem a ruptura total do ligamento e se manifestam por uma instabilidade ampla da articulação. Uma forte dor pode estar presente inicialmente, seguida por pouca ou nenhuma dor, em virtude da ruptura total das fibras nervosas. A articulação tende a tornar-se muita rígida algumas horas depois da lesão. A instabilidade é acentuada e, portanto, frequentemente é necessário algum tipo de imobilização.
Os objetivos da Fisioterapia na fase inicial da lesão são diminuir o edema, a hemorragia, e a dor, além de proteger o ligamento já em recuperação. Os métodos utilizados incluem gelo, compressão, elevação, repouso e proteção (PRICE).
Após o período inflamatório da lesão e a diminuição do edema e da dor, inicia-se a segunda etapa do tratamento, em que preconiza-se o reforço muscular, manutenção de amplitude de movimento, treinamento do sistema proprioceptivo, exercícios pliométricos e finalmente retorno à função (principalmente no caso de atletas).
É importante realizar a reabilitação adequada em lesões ligamentares do tornozelo, para que não haja reincidência. Entorses repetidos podem gerar graves instabilidades articulares.
Texto: Daniel Wentz Agostini
Revisão e Edição: Leonardo Fratti Neves
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