As bursas são responsáveis por absorver e amortecer o impacto e lubrificar as faces articulares. São estruturas que imitam pequenos “balões” com água e são encontradas também em tendões musculares com o objetivo de lubrificar estas estruturas.
Bursite é o resultado de uma inflamação da bursa. As mais comuns são as da articulação do ombro e do quadril. No quadril a bursa situa-se entre o trocanter maior do fêmur e o glúteo máximo. As dores provocadas por este acometimento são facilmente confundidas com outras lesões devido a localização de várias estruturas que envolvem a articulação.
Devido a essa função de dissipar o impacto entre duas extremidades ósseas, ocorrem inflamações que podem ser acompanhadas de sangramento em casos mais graves. Estas são denominadas bursites hemorrágicas, e são a forma mais incapacitante. O mecanismo de lesão pode ser por esforço repetitivo ou impacto direto (trauma) na região.
A bursite trocantérica por esforço repetitivo é muito encontrada em corredoras do sexo feminino, que apresentam um ângulo Q aumentado, provocando uma aproximação dos côndilos mediais dos dois joelhos (joelho valgo). O ângulo Q é medido através de uma relação de duas linhas imaginarias que se cruzam na articulação do joelho, como mostra a figura a seguir.
Durante a reabilitação são realizados alguns protocolos essenciais para seu diagnóstico. A palpação produz dor sobre a área do quadril lateral e a do trocanter maior do fêmur. Durante a avaliação é observado se algumas questões posturais podem ter proporcionado esta lesão, desconsiderando a possibilidade de trauma. O tratamento consiste na diminuição da dor, e assim que este primeiro objetivo for alcançado, inicia-se o fortalecimento muscular resistido dos músculos envolvidos na articulação do quadril. Se necessário, algumas correções posturais podem ser aplicadas, para diminuir o ângulo Q.
Texto: Gregório N. Weinmann
Revisão e Edição: Manoela Heinrichs e Leonardo Fratti Neves
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