Revisão Patológica:
O acidente vascular cerebral (AVE) é uma disfunção causada pela interrupção da circulação no cérebro, provocando lesão tecidual permanente, ou seja, irreversível. Os dois principais tipos de acidentes vasculares cerebrais são o isquêmico e o hemorrágico. Em mais de 80% dos indivíduos acometidos, a lesão tecidual é isquêmica; os 12% restante o AVE ocorre devido à hemorragia (rompimento de uma artéria) e em somente 8% dos casos há hemorragia para o espaço subaracnóideo.
O acidente vascular isquêmico ocorre quando o suprimento sanguíneo para uma região cerebral é limitada devido à oclusão de um vaso. Isto pode ser o resultado de um trombo (coágulos) em qualquer região do sistema cardiovascular que se desloca, principalmente em indivíduos hipertensos, diabéticos, má alimentação, sedentarismo devido a pressão gerada na parede dos vasos, ou embolia causada por insuficiências cardíacas, devido ao turbilhonamento sanguíneo que pode ocorrer no coração durante algumas situações, como por exemplo: fibrilação atrial ou estenose valvar. Outras causas estão relacionadas à aterosclerose, onde há um processo inflamatório crônico das artérias contribuindo para formação de placas de gordura nas mesmas.
O acidente vascular cerebral hemorrágico ocorre quando há ruptura de um vaso sanguíneo cerebral. Ocorre na maioria das vezes devido a picos hipertensivos, porém em indivíduos mais jovens a sua ocorrência está relacionada à má formação ou alteração anatômica de alguma artéria cerebral, como um aneurisma. A artereosclerose também está relacionada à ruptura de vasos. Uma hemorragia subaracnóidea (espaço existente entre o cérebro e a membrana que reveste o sistema nervoso central) ocorre quando os vasos mais superficiais do cérebro se rompem, preenchendo o espaço existente entre o crânio e o cérebro, ocupado pelas meninges. Este tipo de acidente vascular pode ser causado por trauma e, devido à localização da lesão, outras doenças podem se desenvolver como, por exemplo, a meningite, que consiste na inflamação dos tecidos que envolvem o sistema nervoso central SNC.
Em ambos os tipo as consequências variam de acordo com a área lesada e com o lado cerebral afetado. O lado contralateral do corpo apresentará os déficits referente à lesão.
Tratamento Fisioterapêutico:
As lesões teciduais, como dito na descrição acima são, na maioria das vezes, irreversíveis, ou seja, uma vez que células cerebrais tenham sido danificadas devido à falta de suprimento sanguíneo, não haverá reposição celular para substitui-las. Devido a isso, durante a fase de reabilitação, não ocorre à recuperação total dafunção exercida pelo neurônio lesado, e sim a readaptação de outras regiões cerebrais para suprir, de forma adaptativa, as funções correspondentes ao tecido inoperante.
Para isso, são realizadas técnicas que modulem o tônus muscular, melhorando a qualidade dos movimentos e o seu feedback. Exercícios com carga e alongamentos fazem parte das condutas para impedir deformidades articulares.O tratamento funcional também faz parte das condutas propostas a estes pacientes, fazendo com que os exercícios realizados em âmbito clinico sejam o máximo parecidos com o dia-dia do paciente, estimulando a funcionalidade.
Texto: Gregório Nunes Weinmann
Revisão e edição: Leonardo Fratti Neves
10 de nov. de 2011
1 de nov. de 2011
Fibromialgia
Não é uma doença em si, mas uma síndrome de etiologia desconhecida que também é conhecida pelo nome de reumatismo muscular. O termo fibrosite significa inflamação do tecido conjuntivo fibroso, porém, atulamente tem sido demonstrado mediante biópsia que não existe tal inflamação, pelo que se considera mais adequado o termo fibromialgia ou dor no tecido fibroso e no músculo. Acomete em sua maioria mulheres ente 35 e 55 anos de idade.
Existe dor localizada em uma zona ampla e mal delimitada. As áreas mais freqüentes são a região cervicodorsal (a nível do trapézio), o músculo supra-espinhoso, a região lombar, os glúteos, o terço médio dos braços e a face interna das coxas. Essa dor pode ser migratória, ou seja, se desloca de um local para o outro, desaparecendo, então, do anterior. O paciente pode queixar-se de dor no corpo todo, geralmente, existem pontos gatilho, sensíveis e dolorosos à palpação. São comuns sintomas como rigidez matutina, humor depressivo, cefaléias tensionais, síndrome do intestino irritado, dor durante a locomoção e o sono não é reparador.
Para que seja diagnosticada, é necessário que haja ao menos 11 pontos dolorosos dos 18 possíveis de palpação digital. Os sintomas devem estar presentes há mais de 3 meses, e os sintomas devem ser mais distais do que proximais. Os pontos dolorosos possíveis estão presentes na tabela que segue, retirada do livro “Reumatologia para Fisioterapeutas” dos autores Carol David e Jill Lloyd, publicado em 2001.
A fisioterapia atua com técnicas locais (nas zonas dolorosas), utilizando das técnicas de crioterapia, criomassagem, eletroterapia e técnicas de massoterapia visando as contraturas e os nódulos.
Após, o tratamento consistirá a base de exercícios físicos e alongamentos, com o intuito de melhorar o tônus muscular do paciente, que é considerado um dos melhores remédios contra dores de origem idiopática.
Texto: Daniel Wentz Agostini
Correção e Edição: Manoela Heinrichs e Leonardo Fratti Neves
Existe dor localizada em uma zona ampla e mal delimitada. As áreas mais freqüentes são a região cervicodorsal (a nível do trapézio), o músculo supra-espinhoso, a região lombar, os glúteos, o terço médio dos braços e a face interna das coxas. Essa dor pode ser migratória, ou seja, se desloca de um local para o outro, desaparecendo, então, do anterior. O paciente pode queixar-se de dor no corpo todo, geralmente, existem pontos gatilho, sensíveis e dolorosos à palpação. São comuns sintomas como rigidez matutina, humor depressivo, cefaléias tensionais, síndrome do intestino irritado, dor durante a locomoção e o sono não é reparador.
Para que seja diagnosticada, é necessário que haja ao menos 11 pontos dolorosos dos 18 possíveis de palpação digital. Os sintomas devem estar presentes há mais de 3 meses, e os sintomas devem ser mais distais do que proximais. Os pontos dolorosos possíveis estão presentes na tabela que segue, retirada do livro “Reumatologia para Fisioterapeutas” dos autores Carol David e Jill Lloyd, publicado em 2001.
A fisioterapia atua com técnicas locais (nas zonas dolorosas), utilizando das técnicas de crioterapia, criomassagem, eletroterapia e técnicas de massoterapia visando as contraturas e os nódulos.
Após, o tratamento consistirá a base de exercícios físicos e alongamentos, com o intuito de melhorar o tônus muscular do paciente, que é considerado um dos melhores remédios contra dores de origem idiopática.
Texto: Daniel Wentz Agostini
Correção e Edição: Manoela Heinrichs e Leonardo Fratti Neves
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