10 de nov. de 2011

Acidente Vascular Encefálico (AVE)

Revisão Patológica:
O acidente vascular cerebral (AVE) é uma disfunção causada pela interrupção da circulação no cérebro, provocando lesão tecidual permanente, ou seja, irreversível. Os dois principais tipos de acidentes vasculares cerebrais são o isquêmico e o hemorrágico. Em mais de 80% dos indivíduos acometidos, a lesão tecidual é isquêmica; os 12% restante o AVE ocorre devido à hemorragia (rompimento de uma artéria) e em somente 8% dos casos há hemorragia para o espaço subaracnóideo.



O acidente vascular isquêmico ocorre quando o suprimento sanguíneo para uma região cerebral é limitada devido à oclusão de um vaso. Isto pode ser o resultado de um trombo (coágulos) em qualquer região do sistema cardiovascular que se desloca, principalmente em indivíduos hipertensos, diabéticos, má alimentação, sedentarismo devido a pressão gerada na parede dos vasos, ou embolia causada por insuficiências cardíacas, devido ao turbilhonamento sanguíneo que pode ocorrer no coração durante algumas situações, como por exemplo: fibrilação atrial ou estenose valvar. Outras causas estão relacionadas à aterosclerose, onde há um processo inflamatório crônico das artérias contribuindo para formação de placas de gordura nas mesmas.


O acidente vascular cerebral hemorrágico ocorre quando há ruptura de um vaso sanguíneo cerebral. Ocorre na maioria das vezes devido a picos hipertensivos, porém em indivíduos mais jovens a sua ocorrência está relacionada à má formação ou alteração anatômica de alguma artéria cerebral, como um aneurisma. A artereosclerose também está relacionada à ruptura de vasos. Uma hemorragia subaracnóidea (espaço existente entre o cérebro e a membrana que reveste o sistema nervoso central) ocorre quando os vasos mais superficiais do cérebro se rompem, preenchendo o espaço existente entre o crânio e o cérebro, ocupado pelas meninges. Este tipo de acidente vascular pode ser causado por trauma e, devido à localização da lesão, outras doenças podem se desenvolver como, por exemplo, a meningite, que consiste na inflamação dos tecidos que envolvem o sistema nervoso central SNC.


Em ambos os tipo as consequências variam de acordo com a área lesada e com o lado cerebral afetado. O lado contralateral do corpo apresentará os déficits referente à lesão.

Tratamento Fisioterapêutico:
As lesões teciduais, como dito na descrição acima são, na maioria das vezes, irreversíveis, ou seja, uma vez que células cerebrais tenham sido danificadas devido à falta de suprimento sanguíneo, não haverá reposição celular para substitui-las. Devido a isso, durante a fase de reabilitação, não ocorre à recuperação total dafunção exercida pelo neurônio lesado, e sim a readaptação de outras regiões cerebrais para suprir, de forma adaptativa, as funções correspondentes ao tecido inoperante.

Para isso, são realizadas técnicas que modulem o tônus muscular, melhorando a qualidade dos movimentos e o seu feedback. Exercícios com carga e alongamentos fazem parte das condutas para impedir deformidades articulares.O tratamento funcional também faz parte das condutas propostas a estes pacientes, fazendo com que os exercícios realizados em âmbito clinico sejam o máximo parecidos com o dia-dia do paciente, estimulando a funcionalidade.


Texto: Gregório Nunes Weinmann
Revisão e edição: Leonardo Fratti Neves

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