A capsula articular é uma membrana de tecido conjuntivo que reveste articulações e juntamente com os ligamentos tem a função de manter os ossos de uma articulação unidos, evitar movimentos indesejáveis da articulação e limitar a amplitude de movimento normal desta. Ela possui certa elasticidade e também é responsável pela produção do líquido sinovial, que lubrifica a articulação internamente.
Na capsulite adesiva, que é também conhecida como ombro congelado, há um processo inflamatório na cápsula do ombro que gera um espessamento e a uma retração dessa estrutura ocasionando dor e limitação de movimentos.
Ainda há controvérsias sobre os fatores causadores dessa doença, mas há uma associação dela ao diabete mellitus, e também ao desuso prolongado da articulação (imobilização), tendinites, cervicalgia e traumas.
Ela possui curso prolongado, afetando de maneira significativa as atividades da vida diária do paciente. Pode ser causa de dor noturna que leva a distúrbio do sono, podendo ocasionar quadros de depressão.
Os sintomas são a dor no ombro e a limitação dos movimento ativo e passivo de abdução, rotação lateral e medial, e seu diagnóstico é clínico, baseado nesses sintomas e na exclusão de outras doenças, já que nos exames de imagem alterações são pouco visíveis.
A fisioterapia atua afim de diminuir a dor inicialmente através de crioterapia e outros recursos eletrotérmicos. Após a analgesia inicial a cinesioterapia convencional e terapia manual são enfatizadas afim de recuperar a elasticidade da cápsula restabelecendo assim a amplitude de movimento da articulação. Como a doença tem um curso prolongado os pacientes acabam perdendo força muscular e tendo encurtamentos musculares pelo desuso da musculatura. Devido a isso alongamentos da musculatura do complexo do ombro e reforço muscular principalmente de músculos como deltóide e os do manguito rotador acabam se tornando obrigatórios para uma boa reabilitação.
Texto: Jarbas Grasel
Revisão e Edição: Manoela Heinrichs
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