27 de mai. de 2014

Doença Cardíaca Coronariana e a Fisioterapia

               O principal acometimento nas doenças cardíacas coronarianas é gerado pelo desequilíbrio na oferta de oxigênio para o músculo cardíaco. Este desequilíbrio é resultado de um estreitamento arterial provocado por uma lesão crônica na parede da artéria. Esta lesão desenvolve-se como um processo inflamatório e se rompe ocasionando a obstrução e liberação principalmente de plaquetas (sangue coagulado) e lipídeos (placas de tecido adiposo), além de outras células brancas responsáveis pelo combate de lesões inflamatórias.
                A hipótese que explica a existência do processo inflamatório diz respeito a lesão previamente instalada na parede arterial, estimulando o processo de reparo tecidual. As causas da lesão não são bem compreendidas, mas foram identificados fatores de risco associados a formação da lesão aterosclerótica. Estes fatores de risco foram identificados como tabagismo, colesterol alto, hipertensão, diabetes, estresse, obesidade, sedentarismo e histórico familiar.

  






Manifestações:
                Os pacientes podem apresentar a oclusão da artéria e não terem sintomas, pois para que haja a manifestação dos mesmos é preciso que 70% da artéria esteja obstruída. Portanto, existem muitos indivíduos que desenvolvem a lesão, mas não sentem os sintomas, o que classifica as DCC como alto risco. Os sintomas mais frequentes são isquemias, infartos ou arritmias, mas estima-se que 25% dos pacientes que experimentam os sintomas apresentam morte súbita.

Tratamento:
                Existem vários tipos de tratamento relacionados que serão brevemente citados. O primeiro deles é o procedimento cirúrgico onde é feito um cateterismo com o objetivo de desobstruir o vaso e permitir com que o sangue chegue ao tecido alvo. Feito o cateterismo, os pacientes são candidatos a diversos tipos de revascularização. Neste procedimento se escolhe um vaso doador que geralmente é a veia safena ou a artéria radial, que ira substituir o vaso lesado ou danificado. Outro tipo de tratamento é o farmacológico, envolvendo uma serie de medicamentos responsáveis por estabelecer o equilíbrio entre a oferta e demanda de oxigênio, chamados de beta-bloqueadores, responsáveis pelo controle da frequência cardíaca; e os bloqueadores dos canais de cálcio, reduzindo a pressão arterial, consequentemente reduzindo o trabalho cardíaco.


         Fisioterapia:
           O tratamento fisioterapêutico é essencial e de extrema importância para estes pacientes, tendo por objetivo reduzir os fatores de risco que levaram ao incidente e devolver ao paciente o condicionamento muscular cardíaco e periférico, recuperando a sua função física após os procedimentos cirúrgicos ou ajudando a evitá-los.  Algumas metas devem ser atingidas com o tratamento, são elas: aumento da capacidade aeróbia, melhora na realização e execução de tarefas físicas ligadas ao dia-dia, aumento de força, potência e resistência, diminuir o risco de recorrência, aquisição de comportamentos que envolvam hábitos saudáveis de vida (neste ponto destaca-se a importância de uma equipe multidisciplinar atuando no tratamento do paciente).
             Abaixo, alguns fatores de risco e a sua contribuição para o risco de doença cardiovascular.
Texto: Gregório Nunes Weinmann
Edição e Correção: Leonardo Fratti Neves

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