O principal acometimento nas doenças cardíacas coronarianas
é gerado pelo desequilíbrio na oferta de oxigênio para o músculo cardíaco. Este
desequilíbrio é resultado de um estreitamento arterial provocado por uma lesão crônica
na parede da artéria. Esta lesão desenvolve-se como um processo inflamatório e
se rompe ocasionando a obstrução e liberação principalmente de plaquetas
(sangue coagulado) e lipídeos (placas de tecido adiposo), além de outras
células brancas responsáveis pelo combate de lesões inflamatórias.
A
hipótese que explica a existência do processo inflamatório diz respeito a lesão
previamente instalada na parede arterial, estimulando o processo de reparo
tecidual. As causas da lesão não são bem compreendidas, mas foram identificados
fatores de risco associados a formação da lesão aterosclerótica. Estes fatores
de risco foram identificados como tabagismo, colesterol alto, hipertensão,
diabetes, estresse, obesidade, sedentarismo e histórico familiar.
Manifestações:
Os
pacientes podem apresentar a oclusão da artéria e não terem sintomas, pois para
que haja a manifestação dos mesmos é preciso que 70% da artéria esteja
obstruída. Portanto, existem muitos indivíduos que desenvolvem a lesão, mas não
sentem os sintomas, o que classifica as DCC como alto risco. Os sintomas mais
frequentes são isquemias, infartos ou arritmias, mas estima-se que 25% dos
pacientes que experimentam os sintomas apresentam morte súbita.
Tratamento:
Existem
vários tipos de tratamento relacionados que serão brevemente citados. O
primeiro deles é o procedimento cirúrgico onde é feito um cateterismo com o
objetivo de desobstruir o vaso e permitir com que o sangue chegue ao tecido
alvo. Feito o cateterismo, os pacientes são candidatos a diversos tipos de
revascularização. Neste procedimento se escolhe um vaso doador que geralmente é
a veia safena ou a artéria radial, que ira substituir o vaso lesado ou
danificado. Outro tipo de tratamento é o farmacológico, envolvendo uma serie de
medicamentos responsáveis por estabelecer o equilíbrio entre a oferta e demanda
de oxigênio, chamados de beta-bloqueadores, responsáveis pelo controle da
frequência cardíaca; e os bloqueadores dos canais de cálcio, reduzindo a
pressão arterial, consequentemente reduzindo o trabalho cardíaco.
Fisioterapia:
O
tratamento fisioterapêutico é essencial e de extrema importância para estes
pacientes, tendo por objetivo reduzir os fatores de risco que levaram ao
incidente e devolver ao paciente o condicionamento muscular cardíaco e
periférico, recuperando a sua função física após os procedimentos cirúrgicos ou ajudando a evitá-los. Algumas metas devem ser
atingidas com o tratamento, são elas: aumento da capacidade aeróbia, melhora na
realização e execução de tarefas físicas ligadas ao dia-dia, aumento de força,
potência e resistência, diminuir o risco de recorrência, aquisição de
comportamentos que envolvam hábitos saudáveis de vida (neste ponto destaca-se
a importância de uma equipe multidisciplinar atuando no tratamento do
paciente).
Abaixo, alguns fatores de risco e a sua contribuição para o risco de doença cardiovascular.
Texto: Gregório Nunes Weinmann
Edição e Correção: Leonardo Fratti Neves
Edição e Correção: Leonardo Fratti Neves
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